Esbbath - A Lua da Flor...

quinta-feira, 29 de novembro de 2012



O Esbbath de novembro é A lua da flor (por que o seu símbolo é a rosa) ou lua da lebre também o período que segue a união da deusa e do deus em Beltane, então a terra está repleta de poder para ser utilizado. É hora de nos avaliarmos e de nos reconhecermos como somos e nos harmonizar – um período propicio para o conhecimento próprio. Esse esbbath é ideal para fortalecer não só a divinação pelos sonhos, como também a criatividade, a busca por um amor e para fortalecer seu vinculo com a deusa, a mãe natureza como num todo.
Sonhar é receber mensagens. Sonhar é encontrar respostas. Sonhar é conversar com amigos de outros planos. Assim é o sonhar da bruxa: não um desligamento da realidade, mas uma entrada num plano superior. A verdadeira bruxa aprende a controlar seus sonhos e a realizar viagens astrais, sendo capaz de visitar, em espírito, lugares distantes e desconhecidos.

  Para despertar esse dom de sonhar nessa noite de lua dos sonhos, durma com um caroço de ameixa na mão esquerda ou embaixo do travesseiro. Assim, você ativará sua intuição e se tornará mais consciente do real significado dos seus sonhos. Procure, ainda, ao acordar, anotar o que você sonhou na noite anterior. Desse modo, você vai aprender a dar atenção aos seus sonhos e será capaz de interpretá-los corretamente. E a Lua dos Sonhos também ensina a não temer o contato com outras dimensões. É natural que você fique insegura e sinta-se impelida a fugir do desconhecido. Reaja e assuma a plenitude de seu  poder!

Eclipses...


Bem recebi muitas perguntas sobre os Eclipses, e dedico esse post ao meu amigo David. Que seja o suficiente para tirar as duvidas dos leitores!



Os eclipses têm vários significados na sociedade.
Na antiguidade eram sempre vistos como algo terrível, a "marca maldita do terror" que vinha futuramente.

Por outro lado, os sábios antigos das Eras iluminadas sempre reconheceram o poder de tais eventos e utilizavam-nos como dias de oração, meditação e busca interior, além de mobilizarem os eclipses para acelerar as mudanças que eles desejavam, em direção ao bem mais elevado.
A verdade é que somos afetados por tudo o que existe e ocorre no cosmos, em 24 horas aspiramos tudo o que é energia planetária, então, quando ocorre um eclipse isso também nos afeta.

Consequências do Eclipse: 
  • Transformação
  • Renovação
  • Renascimento


A luz do sol e a luz da lua são diferentes, e desde os primórdios que eram vistos sempre de formas opostas.

Lua - Mulher, Inconsciente, Relacionamentos, plano astral e espiritual
Sol - Homem, Consciente, Ações, plano físico

A Lua rege o oculto, a magia, o instinto, a inspiração, a intuição, a menstruação, as emoções...
O Sol rege a força, a proteção, a salvação, o poder, o físico, a nossa personalidade e a racionalidade...

São opostos e funcionam como um equilíbrio de forças, ambos regem o planeta e, por conseguinte, nós também.

Durante o Eclipse Lunar, a Terra encontra-se no meio do Sol e da Lua e a sua sombra tapa a Lua que, como não possui luz própria, escurece.


É natural no dia do eclipse uma mulher que esteja muito ligada à lua (muito espiritual) passe por instintos do gênero:
Inspiração ou necessidade de fazer alguma coisa diferente;
Sensação que se aproxima a menstruação
Mais emotivas e sensíveis
Expansão ou mudanças de consciência (hábitos, padrões, comportamentos...)
Caso se encontre num ambiente fechado, aborrecimento.
Quando a Lua se encontra totalmente tapada pela sombra, ou seja, "negra", é natural a pessoa se encontrar em melancolia, pois a luz da Lua possui uma grande influência no nosso estado hormonal e espiritual.
Também afeta os homens no que diz respeito às suas emoções, comportamentos, decisões e estados de espírito.

Para os espirituosos, o eclipse não é apenas a altura de se desamarrar, abandonar o passado e começar a construir um novo futuro, é sim, também, altura de renovar as energias interiores e uni-las com as outras energias existentes nos inúmeros portais.


Após o Eclipse Lunar, durante aproximadamente seis meses, poderá sentir:
Alterações de atitudes
Sensação de viver uma "não realidade"
Em sintonia com uma maior carga energética e emotiva
Caso tenha sentido isso dias antes do Eclipse, então teve uma premonição sensitiva.

Esta é a altura perfeita para começar projetos realizados pelas nossas próprias mãos!

Vampiros de Energia...

domingo, 18 de novembro de 2012



O vampiro pode estar ao seu lado e vamos saber 10 formas para identificá-lo. Existe um tipo de vampiro que é de carne e osso, com quem convivemos diariamente. Estamos falando dos “Vampiros de Energia”. Os Vampiros de Energia são pessoas de nosso relacionamento diário.
Pode ser nosso irmão (a), marido/esposa, empregado, familiar, amigo de trabalho, vizinhos, gerente do banco, ou seja, qualquer pessoa de nosso convívio, que está roubando nossas energias, para se abastecer. Eles roubam nossa energia vital. Mas, por que estas pessoas sugam nossa energia, afinal?
Bem, em primeiro lugar a maioria dos Vampiros de Energia atuam inconscientemente, sugando a energia de suas vítimas, sem saber o que estão fazendo.

O vampirismo ocorre porque as pessoas não conseguem absorver as energias das fontes naturais. Quando as pessoas bloqueiam o recebimento destas energias naturais (ou vitais), elas precisam encontrar outras fontes de energia mais próxima, que nada mais são do que as outras pessoas, ou seja, você.
Na verdade, quase todos nós, num momento ou outro de nossas vidas, quando nos encontramos em um estado de desequilíbrio, acabamos nos tornando Vampiros de Energia alheia.

Tipos de vampiros:
Mas, como identificar estas pessoas, ou estes vampiros?
Em estudos feitos, foram identificados os seguintes tipos de vampiros (você provavelmente conhece mais de um).

a) Vampiro Cobrador: cobra sempre, de tudo e todos. Quando nos encontramos com ele, já vem cobrando o por que não lhe telefonamos ou visitamos. Se você vestir a carapuça e se sentir culpado, estará abrindo as portas.
O melhor a fazer é usar de sua própria arma, ou seja, cobrar de volta e perguntar por que ele não liga ou aparece. Deixe-o confuso, não o deixe retrucar e se retire rapidamente.

b) Vampiro Crítico: é aquele que critica a tudo e a todos, e o pior que é só critica negativa e destrutiva. Vê a vida somente pelo lado sombrio. A maledicência tende a criar na vítima um estado de alma escuro e pesado e abrirá seu sistema para que a energia seja sugada.
Diga “não” às suas críticas. Nunca concorde com ele. A vida não é tão negra assim. Não entre nesta vibração. O melhor é cair fora e cortar até todo o tipo de contato.

c) Vampiro Adulador: é o famoso “puxa-saco”. Adula o ego da vítima, cobrindo-a de lisonjas e elogios falsos, tentando seduzir pela adulação. Muito cuidado para não dar ouvidos ao adulador, pois ele simplesmente espera que o orgulho da vítima abra as portas da aura para sugar a energia.

d) Vampiro Reclamador: é aquele tipo que reclama de tudo, de todos, da vida do governo, do tempo, etc. Opõe-se a tudo, exige, reivindica, protesta sem parar. E o mais engraçado é que nem sempre dispõe de argumentos sólidos e válidos para justificar seus protestos. Melhor tática é deixá-lo falando sozinho.

e) Vampiro Inquiridor: sua língua é uma metralhadora. Dispara perguntas sobre tudo, e não dá tempo para que a vítima responda, pois já dispara mais uma rajada de perguntas. Na verdade, ele não quer respostas e, sim, apenas desestabilizar o equilíbrio mental da vítima, perturbando seu fluxo normal de pensamentos.
Para sair de suas garras, não ocupe sua mente à procura de respostas. Para cortar seu ataque, reaja fazendo-lhe uma pergunta bem pessoal e contundente, e procure se afastar assim que possível.

f) Vampiro Lamentoso: são os lamentadores profissionais, que anos a fio choram sua desgraças. Para sugar a energia da vítima, ataca pelo lado emocional e afetivo. Chora, lamenta-se e faz de tudo para despertar pena. È sempre o coitado, a vítima.
Só há um jeito de tratar com este tipo de vampiro, é cortando suas asas. Corte suas lamentações dizendo que não gosta de queixas, ainda mais que não elas não resolvem situação alguma.

g) Vampiro Pegajoso: investe contra as portas da sensualidade e sexualidade da vítima. Aproxima-se como se quisesse lambê-la com os olhos, com as mãos, com a língua. Parece um polvo querendo envolver a pessoa com seus tentáculos. Se você não escapar rápido, ele irá sugar sua energia em qualquer uma das possibilidades:
Seja conseguindo seduzi-lo com seu jogo pegajoso, seja provocando náuseas e repulsa. Em ambos os casos você estará desestabilizado, e, portanto, vulnerável. Saia o mais rápido possível. Invente uma desculpa e fuja rapidamente.

h) Vampiro Grilo-Falante: a porta de entrada que ele quer arrombar é o seu ouvido. Fala, absoluto, durante horas, enquanto mantém a atenção da vítima ocupada, suga sua energia vital. Para livrar-se, invente uma desculpa, levante-se e vá embora.

i) Vampiro Hipocondríaco: cada dia aparece com uma doença nova. Adora colecionar bula de remédios. Desse jeito chama a atenção dos outros, despertando preocupação e cuidados. Enquanto descreve os
pormenores de seus males e conta seus infindáveis sofrimentos, rouba a energia do ouvinte, que depois sente-se péssimo.

j) Vampiro Encrenqueiro: para ele, o mundo é um campo de batalha onde as coisas só são resolvidas na base do tapa. Quer que a vítima compre a sua briga, provocando nela um estado raivoso, irado e agressivo. Esse é um dos métodos mais eficientes para desestabilizar a vítima e roubar-lhe a energia.
Não dê campo para agressividade, procure manter a calma e corte laços com este vampiro.

Agora que você já conhece como agem os Vampiros de Energia, vá à caça deles, ou melhor, saia fora deles o mais rápido possível . Mas, não esqueça de verificar se você, sem querer, é obvio, não é um destes tipos de Vampiro.Se te perceber agindo assim reverta tua atitude meditando sobre o que falou, pensou e agiu. Faça melhor da próxima vez. Por si mesmo e pelos teus próximos, e assim estará realmente cumprindo a tua missão de elevação.

Esbbath - A Lua das Sementes...

sexta-feira, 16 de novembro de 2012



terra se agita, vive, germina, nos aproximamos de Beltane e a terra vibra com a fertilidade dos deuses. A colheita é prenunciada como farta e abundante, assim também será nossa vida em seus mais diversos aspectos, pulsando de energia. Nesse Esbbath procure se ligar sentir essa energia que emana da terra, deixe essa força pulsar em você. Esse Esbbath é um dos menos ritualísticos, pois o principal intuito dele é se ligar de uma forma mais natural possível com a energia que nos cerca nesse momento, com essas energias de purificação e fertilidade.

Esbbath - A Lua dos Sonhos...



Sonhar é receber mensagens. Sonhar é encontrar respostas. Sonhar é conversar com amigos de outros planos. Assim é o sonhar da bruxa: não um desligamento da realidade, mas uma entrada num plano superior. A verdadeira bruxa aprende a controlar seus sonhos e a realizar viagens astrais, sendo capaz de visitar, em espírito, lugares distantes e desconhecidos.
  Para despertar esse dom de sonhar nessa noite de lua dos sonhos, durma com um caroço de ameixa na mão esquerda ou embaixo do travesseiro. Assim, você ativará sua intuição e se tornará mais consciente do real significado dos seus sonhos. Procure, ainda, ao acordar, anotar o que você sonhou na noite anterior. Desse modo, você vai aprender a dar atenção aos seus sonhos e será capaz de interpretá-los corretamente. E a Lua dos Sonhos também ensina a não temer o contato com outras dimensões. É natural que você fique insegura e sinta-se impelida a fugir do desconhecido. Reaja e assuma a plenitude de seu  poder!
   A lua dos sonhos ou lua da lebre também marca o periodo que segue a união da deusa e do deus em beltane, então a terra está repleta de poder para ser utilizado. É hora nos avaliarmos e de nos reconhercermos como somos e nos harmonizar. Esse Esbbath é ideal para fortalecer não só a divinação pelos sonhos, como também a criatividade, a busca por um amor e para fortalecer seu vinculo com a deusa.
  Como eu ensinei num post anterior sobre como comemorar o Beltane, asssim eu vou fazer com os Esbbath e o restante dos sabbaths.
  É muito comum durante os Esbbath, tanto em covens como entre bruxos solitários, o ritual de puxar a lua pra baixo. Esse ritual nada mais é do que invocar o poder lunar e deixar que este ilumine sua alma, vizualizando todo aquele poder sendo irradiado pra você. Esse poder você pode usar depois para realizar um feitiço, uma consagração ou enviar para alguém com propósitos de cura.

Esbbath - A Lua de Contar as Bençãos...



Nesse Esbbath você vai enumerar todas as coisas boas que lhe aconteceram no decorrer do ano. Examine sua vida e verifique os efeitos de todos os rituais realizados. Veja se você alcançou seu objetivo de se tornar uma mulher mais completa. Lembre-se de que uma mulher-lua, uma verdadeira bruxa, está integrada à natureza, ama as plantas e os animais, respeita seus semelhantes
 E convive em harmonia com todos que a cercam. Se você estiver assim, feliz,
 Bonita e satisfeita, é sinal de que seu trabalho foi bem-sucedido. Se ainda não chegou ao ponto desejado, insista, pois a magia requer paciência. E, no último Esbbath do ano, agradeça à Grande deusa olhando para ela e recitando palavras
 de gratidão e amor. Agora, você e a Lua são únicas: mãe e filha, irmãs, companheiras, cúmplices de feitiços e momentos de magia. Sinta essa força e nunca desista da sua caminhada! Seja firme, bela e brilhante assim como a lua cheia.
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  Nesse Esbbath onde honramos a deusa pelas conquistas do ano é um dia de poder inigualável porque precede o Litha que logo vai chegar, o verão que trará um recomeço e assim tudo que é velho será renovado. Este é o período certo para nos fortalecermos em todos os campos de nossas vidas.

Esbbath - A Lua do Gelo...



Também conhecida em algumas tradições como lua do milho ou lua da busca do conhecimento, esse Esbbath (que ocorre amanhã, dia 07 de fevereiro) marca justamente a época da primeira colheita, tempo de colhermos tudo que plantamos, nos abastecer interna e externamente.  Esse é um Esbbath para aguçarmos nossa sabedoria, para buscarmos a sabedoria oculta dentro de nós, até por isso em muitas tradições esse Esbbath é dedicado a deusas protetoras da sabedoria como Atena.

Esbbath - A Lua de Sangue...


  Conhecido mais popularmente como Lua de sangue (a última antes do Samhain) e em certos covens como lua de cura, esse é o Esbbath de abril. Esta lunação marcava o inicio do tempo de caça e estoque de comida para o inverno. É um momento para celebrar os ancestrais e meditar sobre o tema morte e renascimento, antecipando a mudança que ocorrerá em Samhain. É o Esbbath propicio para se livrar de hábitos e coisas ruins em nossas vidas, logo todo feitiço ou ritual de banimento se beneficiará das energias dessa lua.
Essa lua é associada a cor vermelha (sangue), exatamente por ser a lua da caça, da fecundidade, da menstruação e da maternidade, rituais com esses significados também são bem vindos.


Esbbath - A Lua Escura...



Nesse período em que a terra inicia seu descanso, reunindo energias para despertar a vida na primavera, é que nós comemoramos a Lua escura, uma lunação de preparação e transformação para a chegada do inverno. É a lua ideal para conectar-se com as forças divinas, buscar o entendimento junto com os deuses, buscar a paz interior e com as pessoas ao seu redor, já que nos tempos escuros precisamos mais do que nunca da união.

Esbbath - A Lua do Carvalho...


Este é um Esbbath de renascimento espiritual, se em Samhain nós renascemos em busca de esperança, agora é a hora de pensar sobre o nosso equilíbrio espiritual e como esse renascimento o beneficia. O carvalho é a árvore da sabedoria cósmica, que guarda todos os mistérios e portais encerrados em seus sábios enigmas. Nessa noite você deve se preparar para o solstício de inverno, faça uma introspecção e conheça melhor os caminhos do seu coração e da sua alma e onde eles almejam chegar, é uma noite para buscar o equilíbrio e orientações aos deuses.

  Por a lua de carvalho ser tão introspectiva o ritual dela é menos litúrgico, geralmente tanto covens quanto bruxos solitários realizam introspecções e meditações baseados em três focos básicos: VIDA, FORÇA E PODER.

Esbbath - A Lua do Lobo...



Este Esbbath também conhecido como lua de inverno, lua das sereias, lua casta e lua de neve representa as águas da terra que agora ficam presas sob a geada do inverno que está sobre nós. É um Esbbath ideal para realizar trabalhos em grupo e esforços conjuntos, pois favorece a união dos seres e a unidade (assim como antigamente no inverno os indivíduos dos clãs ficavam mais próximos um do outro para se aquecerem, fique mais próximo do seu “clã” para esquentar seus sentimentos). Apesar de ser uma época que favorece o trabalho em grupo este Esbbath também é um momento de pausa, interiorização, reflexão e transmutação do você mesmo, para que você possa se tornar verdadeiramente uma parte do todo. Equilibrar você mesmo, pois esse é um período de transição entre a luz e a escuridão.
  O nome desse Esbbath é ligado ao lobo, pois ele é um animal de poder ligado aos mistérios lunares, que fortalece, estimula e aguça os nossos sentidos, além de nos ensinar a viver em harmonia com a natureza e a compreender o sentido da vida. Ao uivar para a lua, simbolicamente, o lobo nos conecta à novas idéias, ocultas sob a mente consciente. A transformação em lobo é um dos temas preferidos de várias lendas irlandesas e populares também. Representa o contato com o lado sombrio da alma que desperta os instintos básicos do homem.

Esbbath - A Lua da Tempestade...


  
Esse Esbbath está intimamente associado ao Sabbath Imbolc e consequentemente tem as mesmas propriedades de purificação, limpeza e transformação de energias do Imbolc. Assim como o sabbath este Esbbath também é dedicado a Brigid e a todas as deusas da fertilidade, por isso aconselhei no post passado que caso queiram juntar este ano as comemorações de Imbolc com o Esbbath podem ficar a vontade.

  Esse Esbbath recebe o nome de lua das tempestades ou lua das sementes porque esse é um mês onde relativamente ocorrem mais chuvas e tempestades que deixam o solo pronto para a vida que germina (lembrando que no Brasil pelo clima tropical isso nem sempre acontece). Esta lua é aquela que está ligada profundamente à nova vida, fertilidade e renascimento. Se você está esperando para conceber um filho, este é um ótimo mês para “tentar” ou fazer rituais ligados a fertilidade e a concepção. A própria terra se torna mais fértil agora, trabalhos de magia este mês devem se concentrar no crescimento e renascimento tanto material como espiritual e sempre de uma forma positiva.

  Para quem vai optar por celebrar o Imbolc e o Esbbath separados (dia 1 e 2 de agosto respectivamente) segue abaixo um pequeno ritual, lembrando que esse mês ainda teremos a lua azul ou lua do vinho.

Esbbath - A Lua dos Ventos...



Esse Esbbath é o Esbbath do começo da primavera, ou seja, um Esbbath marcado pelo equilíbrio dos ciclos, onde a terra desperta, assim como nós mesmos somos despertos em vários sentidos, principalmente espirituais. Os ventos desse Esbbath trazem energias de transformação, de mudança: mudar velhos hábitos, velhos conceitos, velhas ideias: uma reciclagem total do seu corpo, espirito e mente.
  A busca desse Esbbath é concentrar o equilíbrio já conseguido no equinócio de Ostara e promover desta vez uma mudança interna e externa, porém você tem que se livrar de certas coisas antes. Se possível no dia do Esbbath ou um dia antes, ou mesmo um dia depois, promova uma faxina na sua casa se livrando de coisas velhas, que você não use mais e assim se desprenda de energias que não te permitem entrar em equilíbrio. Recicle o que puder ser reciclado, faça doações com roupas que você não usa mais, brinquedos e livros esquecidos e etc., esse é um dos primeiros passos para um equilíbrio maior no espaço físico que vai se refletir no seu espirito com certeza! Lembre-se que esse Esbbath é para começar o seu ciclo de evolução: crescer, retomar projetos, começar novos projetos, enfim fertilizar todos os campos.

Esbbath - A Magia da Lua Azul...



Primeiro vamos entender o que é a lua azul, porque muita gente ainda não compreende bem o seu significado.
  Cientificamente falando o termo lua azul, se refere comumente à segunda Lua Cheia que ocorre num mesmo mês. A frequência de acontecimento, é de 1 vez a cada 2 anos ou 3 anos. A última lua azul ocorreu em 31 de dezembro de 2009. A próxima lua azul deverá ocorrer agora dia 31 de Agosto de 2012 e só em Julho de 2015 está previsto a ocorrência de uma nova Lua Azul. O nome Lua azul remonta ao século XVI quando as pessoas notavam que a segunda lua em um mês tinha uma coloração mais azulada, embora hoje em dia saibamos que a lua só adquire coloração azulada num fenômeno ótico relativo ao próprio satélite que ocorre de 400 em 400 anos. Entretanto entre os celtas, por exemplo, a lua excedente do ano era chamada de lua do vinho porque geralmente ela ocorria antes da lua do sangue e por isso teria o mesmo aspecto de sua sucessora.

  Na comunidade pagã, as origens do significado de uma lua azul podem variar. No entanto, a grande maioria com certeza, acredita que a segunda lua cheia detém o conhecimento da Deusa avó (deusa no aspecto de velha mãe) (ou Crone) e contém, portanto, 3 vezes mais sabedoria e poder. Isto pode estar associado com a Deusa em suas 3 formas porque ela seria ao mesmo tempo solteira (virginal), mãe e idosa. Também pode ser associada em alguns ritos ocultistas com as 3 naturezas do ser como Mente, corpo e espírito. Em outras tradições pagãs a Lua Azul é vista como a transição da Avó ou Crone para o nível Divino da existência. Ela torna-se uma expressão da evolução da sabedoria, bem como um exemplo do ciclo de vida.
Outra opinião é que a lua azul representa um tempo de comunicação intensa ou mais clara entre nosso ser físico e nosso ser Divino. Muitas vezes, a energia do Divino é visto na forma de Deusa avó ou a Deusa Crone. Também pode ser visto como um elo entre o físico e o espiritual, tornando a comunicação com o espírito mais fácil.

 Qualquer que seja a tradição é unanime o poder da lua azul. É um momento poderoso e auspicioso para trabalhar o eu interior, a religiosidade, a intuição e potencializar os poderes psíquicos, além de ser uma ocasião ideal para quem está pensando em realizar o ritual de iniciação.

Sabbath de Outubro: Beltane - O Festival da Alegria...



Eu sei que a primeira vista pode parecer estranho a ideia de se comemorar o Beltane no tão famoso Halloween, onde todo o hemisfério norte comemora o Samhain. Mas nós temos que seguir os ciclos da natureza e não datas.
  Beltane, Beltain ou Bealtaine é um festival Celta, reconhecido nas comemorações da Festa da Primavera, mas que originalmente marcava o verão.  O Beltane é o mais alegre dos Festivais Celtas, onde os participantes dançam, e se alegram nas voltas da fogueira. No dia de Beltane o sol está astrologicamente no signo de Tauros, o Touro, que marca a "morte" do Inverno, o "nascimento" da Primavera e o começo da estação do plantio.  Hora de festejar o auge da fertilidade, a harmonia, a sexualidade em sua forma mais pura e bela.
Comemoração de um bruxo solitário: Não obrigatoriamente você deverá comemorar sozinho, se você tiver um amigo que assim como você seja iniciante na arte vocês dois (pode ser até cinco pessoas) podem fazer a comemoração de Beltaine descrita aqui.
Primeiro a decoração, nos covens é comum todos se reunirem e fazerem as decorações juntos do espaço do coven. O ideal é que o Beltane seja comemorado ao ar livre, num bosque ou onde existam, pelo menos, uma árvore. Se não for possivel você pode colocar uma árvore pequena no espaço onde vocês faram a comemoração. Durante todo o ritual do Beltane é uma tradição de vários wiccanos deixar o caldeirão cheio de água com flores boiando dentro, representando o ventre da grande deusa em fertilidade. Vocês também podem decorar o espaço com flores e frutos da epoca, além de usar incensos florais ou frutais.
A comemoração; os passos pré-rituais vocês já conhecem, mas vale a pena lembrar: primeiro vocês tem que fazer ou trazer uma oferenda para os deuses (pode ser uma guirlanda de flores, um amuleto e etc.). Agora vocês devem arrumar o altar e puficar o espaço do circulo ao redor de alguma árvore, tracem o circulo ao redor da árvore, deixando a como o centro do circulo. Invoque a Deusa e o Deus. De pé, diga, com as mãos erguidas algo mais ou menos assim:

"Ó Deusa Mãe, rainha da noite e da Terra;
Ó Deus Pai, Rei do dia e das florestas,
Eu celebro sua união enquanto a natureza se alegra num ruidoso banho de cor e vida.
Aceitem meu presente, Deusa mãe e Deus pai
Em honra à sua união."
Coloque as oferendas na árvore.

"De sua união surgirá a vida renovada;
Uma profusão de criaturas vivas cobrirá a Terra,
e os ventos soprarão puros e doces.
Ó antigos, eu celebro com Vocês!!"

Se você quiser praticar uma magia ou feitiço simples é a hora de fazê-lo:
Ex. Acenda duas velas, uma representando o deus e outra representando a deusa, e passe entre elas mentalizando energias positivas para se livras de doenças e energias negativas.
Ao fim, sinta-se conectado com o solo e suas energias e agradeça mais um vez aos deuses que estão permitindo a feritlidade, então celebre um Banquete simples em honra a Beltane (biscoitos e pão de aveia são muito usados, além de vinho branco ou suco de morango e frutas da época). Encerre o ritual como de costume.

O Grande Rito: Acredito que alguns de vocês já tenham ouvido falar nisso e nunca entenderam direito o que era. Nas antigas religiões pagãs durante as fogueiras de Beltane a fertilidade do Deus e da Deusa era encenada por seus sacerdotes, que tomados como o grande Deus e a Grande Deusa representavam sua união sexual fertilizando toda a terra. Claro que essa união era sagrada e muito poderosa, cheia de energia e renovação, pois quem estava ali não era nem o homem e nem a mulher, mas sim a deusa e o deus, a mãe terra e o galhudo. Claro que depois que muitas pessoas começaram a associar esse rito tão puro e significativo com visões deturpadas de orgias e outros pensamentos impuros ele foi parando de ser praticado (em algumas tradições ele ainda permanecesse, porém muito discretamente). Hoje em dia o Grande Rito é representado através do cálice do athame, onde na maioria das tradições a sacerdotisa consagra o cálice colocando nele o vinho e o abençoado como o ventre da grande deusa, em seguida o sacersote introduz o athame representando o falo do grande deus que irá fertilizar o útero da deusa, em seguida todos bebem honrando a fertilidade.

Sabbath de Dezembro: Litha: O Solstício de Verão...



 Além dos quatro grandes festivais do ano pagão celta, existem quatro festivais menores (formando assim a roda do ano): os dois solstícios e os dois equinócios. No folclore, estes são referidos como os quatro "quartos-de-dia" do ano, e em algumas tradições wiccanas chamam de quatro "Sabbats Menores'. O Solstício de Verão é um deles.

  Litha é normalmente comemorado em 21 de dezembro (como nesse ano), mas varia um pouco de 20 a 23 dependendo da rotação da Terra em torno do sol. De acordo com o calendário antigo, o verão começa em Beltane e termina no Lughnassadh , com o solstício de verão no meio do caminho entre os dois (por isso muitos o chamam de middsummer), marcando MEIO DOS VERÕES. Isto faz sentido mais lógico do que o que é sugerido por algumas tradições de que o Verão começa no dia em que o poder do Sol começa a minguar e os dias ficam mais curtos. O Sol está agora no ponto mais alto antes de começar seu declinio.

  A humanidade tem vindo celebrar Litha e o triunfo da luz desde os tempos antigos. Na Roda do Ano Litha situa-se em frente ao Yule.  Embora Litha e Yule sejam sabbaths menores na linguagem antiga, eles são comemorados com alegria e muita diversão mais do que qualquer outros na roda do ano, exceto, talvez, Samhain. Os rituais alegres de Litha celebram a Terra verdejante no verão, abundância, fertilidade e todas as riquezas da natureza em plena floração. Esta é uma época de magia forte e efeverscente, tradicionalmente, o tempo para handfasting ou casamentos e para a comunicação com os espíritos da Natureza. Em Litha, os véus entre os mundos são finos; os portais entre "os campos que conhecemos" e os mundos do além estão abertos. Este é um momento excelente para rituais de adivinhação (que tal testar algumas das divinações de posts anteriores?).

  Os ritos Litha dos antigos eram barulhentas festas comuns com danças, canções de verão, contação de histórias, pompa e uma fogueira no meio da aldeia e tochas acesas durante procissões pelas aldeias depois de escurecer. As pessoas acreditavam que o Litha através do elemento fogo preponderante possuía grande poder, e que a prosperidade e proteção para si mesmo e do clã contra incendios e outros males podia ser conquistada apenas por saltar sobre a fogueira do Litha. Também era comum casais juntarem as mãos e saltarem sobre as brasas do fogo três vezes para assegurar um casamento longo e feliz, prosperidade financeira e muitas crianças. Mesmo as brasas da fogueira carbonizados possuíam poderes protetores - eles eram amuletos contra lesões e tempo ruim na época da colheita, e brasas eram comumente colocados em volta dos campos de trigo e pomares para proteger as colheitas e garantir uma colheita abundante. Outros costumes do litha incluíam carregar uma brasa da fogueira de Litha pra casa e colocá-lo em espécie de ninho feito com bétula, funcho, erva de S. João, erva-pinheira, e lírios brancos para a benção e proteção do lar.

  O Sabbat Litha é um tempo de celebrar o trabalho e o lazer, é um tempo para as crianças e para brincar de criança (é comum lerem histórias para crianças no fim do dia de Litha). É um momento para celebrar o fim do ano crescente e o início do ano minguante, em preparação para a colheita que está por vir. Midsummer é um tempo para absorver os raios do Sol e aquecimento é outra Sabbath da fertilidade, não só para os seres humanos, mas também para plantações e animais. Wiccans consideram que a Deusa está grávisa a partir do acasalamento de Beltane - A honra é dada a Ela. O deus do sol é celebrado com o seu poder no ápice no céu e nós celebramos Sua paternidade se aproximando - a honra também é dado a ele. As fadas abundam neste momento e é costume deixar oferendas - como alimentos ou ervas - para eles à noite. (costuime muito comum na fairy wicca).

Sabbath de Fevereiro: Lammas - O Lar da Colheita...



 Lammas ou lughnasadh (também conhecido como festa do pão, festival da colheita ou lar da colheita), comemorado em 1º de agosto no hemisfério norte e em 2 de fevereiro no Hemisfério sul.  É um dos quatro sabbats maiores que marcam o ciclo de colheita dos antigos celtas. Esse festival marca a primeira colheita, onde os grãos são armazenados para a escuridão do inverno que está por vir, é também a celebração do sacrifício do deus que vai enfraquecendo, doando sua energia aos frutos da terra, enquanto os dias vão aos poucos ficando mais curtos.
  O nome do festival remete ao deus sol celta Lugh, pois este era reverenciado nessa época pelos druidas (lughnasadh significa lamento para Lugh), outras culturas pré-cristãs comemoravam, como citei anteriormente, o sacrifício do grande deus, dando sua vida pela nova vida que está surgindo. Acho que esse é o significado de Lammas, celebrar a enregia vital dada pelo deus e a criação da vida que a deusa traz dentro de si.
 Era comum nos festivais antigos oferecerem sacrifícios de grãos recém colhidos para agradecer ao deus pelo seu sacrifício e honrar a deusa, todos comiam o chamado pão da vida. Este é um sabbat para agradecermos ao deus por ter nos concedido seu calor, sua vida sua abundância e honrar a deusa pela colheita e pela vida, talvez por isso nesse festival os deuses sejam honrados como o senhor e senhora do milho.

Comemoração em coven (aspectos básicos de comemoração em muitas tradições): O Lammas geralmente é comemorado dentro do espaço do coven que é enfeitado com grãos, flores e frutos, é comum também em todas as tradições se enfeitar o coven com bonecos de milho (produzidos pelos membros) representando os deuses. Também é comum abrir o circulo ao redor do caldeirão: primeiro para que na hora do banquete em honra a colheita (uma grande pão comunitário e uma grande taça de vinho dividida entre os membros) o primeiro pedaço de pão e o primeiro gole de vinho sejam jogados dentro do caldeirão, e depois para que posteriormente se queimem no caldeirão os bonecos de milho do Lammas passado junto com pedidos. Os deuses reverenciados geralmente são deuses referentes as colheitas se o coven não quiser comemorar o aspecto celta do Lammas. É comum em alguns covens, sobretudo celtas, realizarem após o ritual jogos e cada membro do coven traz uma receita caseira envolvendo grãos para suprir o banquete do festival.

Sabbath de Março: Mabon - O Equinócio de Outono...



Mabon, Equinócio de Outono, Encontro do Inverno, Winter Finding, Alban Elfed, Colheita do Vinho, Cornucópia, Festa de Avalon ou simplesmente Segunda Colheita é o segundo dos três Sabbats da colheita. É tempo de dar graças pelos frutos colhidos, e a Deusa é a Senhora da Abundância cuja colheita nos sustentará pelos meses escuros do Inverno, essa abundância e energia da terra refletirá sobre nós mesmos, sobre o equilíbrio da escuridão e da luz no universo se esforçando para manter o equilíbrio interno de todos os seres.
   A Deusa está agora fortemente impregnada pela energia do Sol, que a cada dia parte mais rápido para o País do Verão – os dias e as noites agoram estão em equilíbrio, são exatamente iguais. Conforme o poder dele diminui, a Deusa lamenta sua partida, mas Ela sabe que o poder do Deus retornará à Terra em Yule.  É um tempo de equilíbrio e balanço, mas as sombras começam a dominar a luz. Isso está associado com o interior do chifre, um dos símbolos desse Sabbat (a cornucópia), e a contemplação da colheita.
   Nesse Sabbat a Deusa lamenta o seu consorte que está partindo para Outro Mundo, mas a mensagem de renascimento pode ser encontrada em cada semente colhida, que é o próprio Deus que se sacrifica para alimentar seu povo. É um tempo positivo para caminhar nas florestas, colher plantas e ervas mágicas para serem usadas no Altar. Pão de milho e cidra são são essenciais para os banquetes rituais  e folhas de outono são ótima decoração para o Altar. (No Hemisfério Norte costuma-se usar as tradicionais folhas de plátano).
   Os Druidas honravam o salgueiro nesse Sabbat, a árvore associada à Deusa e à morte, e cortavam seus bastões do salgueiro somente após Mabon (Tradição ainda respeitada em muitas tradições wiccanas e também no druidismo). As plantas, árvores, flores e ervas que estão associadas com mabon são a aveleira, o milho, o álamo, bolotas, galhos de carvalho, folhas de outono, ramos de trigo, cones de cipreste, cones de pinheiro.  Muitas tradições também costumam encenar durante o ritual o mito da descida da deusa Perséfone ao submundo  representando as forças da escuridão e da luz igualadas.
    Poucos sabem mais a origem do nome Mabon é o nome de um deus celta que simboliza os princípios masculinos da fertilidade. É o nome galês do Deus da mocidade, a Divina Criança, que os Druidas acreditavam estar dentro de todos nós. Ele é uma criança do Outro Mundo, nascida de pais terrestres, que desapareceu em sua terceira noite de vida. Mabon ap Modron significa “Filho da Grande Mãe” – sua mãe se chamava Modron e era a grande deusa mãe dos gauleses. No Equinócio de Outono, marca-se o tempo de sua mudança. Nesse momento Mabon desaparece, com apenas três noites de nascimento. Ele vai morar novamente no mundo mágico de Modron, o seu ventre. Esse é um lugar nutridor e encantado, mas ao mesmo tempo de desafios. É um lugar de poder e renovação para que Mabon possa nascer através de sua mãe como campeão, o filho da Luz. Esse Sabbat simboliza a luz de Mabon entrando na Terra (ventre da Deusa), recarregando-se para tornar-se uma nova semente. Seu desaparecimento é um mistério, mas Mabon é eventualmente resgatado, no Solstício de Inverno, graças ao conhecimento de alguns animais: o pássaro negro, o veado, a coruja, o bisão e o salmão.
   Esse mito assim como o de Perséfone traz a essencial mística e espiritual do sabbat:  o rejuvenescimento para uma colheita farta, agradecendo aos Deuses pelas dádivas concedidas durante o ano e o conhecimento da necessidade do balanceamento entre a luz e as sombras.
     Esse Sabbat é simbolizado pelo espiral duplo, um vai e outro que retorna, para nos lembrar que começamos a jornada pelo ponto mais escuro do ano e que a morte sempre é seguida pelo renascimento, da mesma maneira que o Inverno sempre é seguido pelo Verão. A Deusa está grávida do Deus que nascerá em Yule, a noite mais longa. Ela se prepara para dizer adeus ao Deus velho, mas sabe que a semente do Deus novo já está dentro dela, em seu ventre.
Comemoração em coven: O Mabon é sem dúvida um dos sabbats mais demorados. Geralmente decoram o espaço do ritual com cornucópias cheias de alimentos representando a fartura da colheita, com bonecas de maçã representando os deuses entre outros símbolos. Geralmente o ritual começa com uma encenação do mito de Perséfone ou do de Mabon (mais comum em covens de tradição celta), depois todos fazem oferendas aos deuses e dançam ao redor delas para demonstrar a alegria pelo que nos foi dado, segue-se um ritual de acordo com o coven ( mabon é comumente utilizado também para se fazer iniciações no coven ou consagrações dependendo da tradição), geralmente o rito se encerra com um grande banquete onde um Cálice repleto de vinho é abençoado e passado a cada integrante. Conforme o Cálice passa, as pessoas vão fazendo seus agradecimentos. Quando tiverem agradecido por todas as bênçãos, eles bebem e passam o Cálice adiante. Isso continua até a Taça esvaziar, bebendo em amor, bênçãos e gratidão a tudo.

Sabbath: Samhain - Um próspero ano novo a todos os pagãos...

Eis mais um momento daqueles em que faz falta a wicca possuir um órgão regulador, uma instituição que coloque alguma ordem em certas coisas. No Hemisfério Norte a data de Samhain jamais é esquecida devido ao famoso Halloween, originado inclusive do festival, em 31 de outubro. No Hemisfério Sul, aí começa a confusão: certos autores apontam como 30 de abril a data certa para o Samhain, enquanto outros afirmam ser no dia 1º de maio o dia correto. Realmente não sei como solucionar esse enigma dos sabbats sulistas, mas a maioria dos covens q conheço comemora em 1º de maio e eis minha tese para que a comemoração se dê nesse dia: Se toda a roda do ano sul é oposta a do norte, naturalmente as datas dos sabbats serão também opostas umas as outras. Se Samhain e Beltane são opostas na roda do ano, e sendo que Samhain é em 31 de outubro e Beltane em 1 de maio no norte, então logicamente, se invertendo as datas ficaria 1º de maio para Samhain, assim como 31 de outubro para Beltane. Essa é minha dica, mas siga a data que vocês julgarem correta.
  Pulando toda essa problemática vamos falar do Sabbat mais importante e celebrado do mundo pagão: Samhain (pronunciasse “sou-ein”) palavra que tem como significado "sem luz" ou "fim do verão", a noite em que o mundo mergulha na total escuridão, preparando se para a chegada das noites frias.
  Samhain, o ano novo celta corresponde ao momento que principia o inverno, contraparte escura do Beltane que saúda o verão. O Samhain é aquele momento misterioso que não pertence nem ao passado e nem ao futuro, como acreditavam os antigos celtas. A noite sagrada que marca o começo da escuridão e o fim da colheita.
 Para os antigos pastores, para quem a criação de rebanhos era imprescindível para a sobevivência, manter rebanhos inteiros alimentos através do inverno era simplesmente impossível, de modo que eles conservavam alguns animais para a procriação e o restante era abatido e salgado para preservação da carne. Samhain era o período em que acontecia esse abate. Um momento tenso onde qualquer erro de calculo, carne de menos por exemplo, podia custar a vida de alguém da tribo se o inverso fosse rigoroso demais.
  Todas as safras também tinham de ser colhidas até a data de Samhain, o que não fosse colhido era abandonado, pois acreditava-se que um duende noturno, e que gostava de atormentar humanos, chamado Pooka passava na noite de Samhain destruindo e contaminando tudo que não fora colhido.
 Assim a incerteza econômica era somada ao pavor do fim do velho ano e do ainda não nascimento do novo ano – o véu ficaria assim muito tênue. As portas dos montes de Sidh seriam abertas e nesse dia nem seres humanos nem fadas precisariam de senhas para ir e vir. Nessa noite também o espirito dos amigos mortos procurava o calor de Samhain e a companhia de seus parentes vivos, era a Féile na Marbh (festa dos mortos). Essa noite era também a Féile Moingfhinne (a festa daquela de cabelos brancos) a deusa da neve, deusa anciã.
  Antigamente na Irlanda todos os anos um novo fogo sagrado era aceso, com o qual se acendiam todos os demais fogos do vilarejo para queimar durante todo o inverno, com o objetivo de levar luz através do tempo escuro do ano. Os celtas praticavam rituais de purificação, queimando simbolicamente, nas fogueiras ou no caldeirão, todas as suas frustrações e as ansiedades do ano anterior. Deste modo, Samhain era, por um lado, um tempo de propiciação, adivinhação e comunhão com os mortos e, por outro, uma festa desinibida em que se comia e se bebia e a afirmação da vida e da fertilidade à própria face da escuridão.
 É tempo de esquecer as coisas antigas que não fazem sentindo em ser guardadas, preparar-se para o novo. Homenagear os antepassados também é uma tradição, conte histórias as crianças dos seus antepassados, como forma de honrar e perpetuar sua existência, também é comum acender velas para reverenciar os entes queridos que já se foram e oferecer aquele calor como guia de volta após a noite de Samhain. Também é hora de fazer resoluções para o ano que irá começar


Sabbath de Agosto: Imbolc - A Promessa da Primavera...



Imbolc, também conhecido como Imbolg, Oímealg, Oimelc ou Candlemas é realizado entre o solstício de inverno e o equinócio de primavera que no Brasil se dá em 1º de agosto. Esse festival de origem celta é um festival agrícola do fogo, porém sua ênfase está mais sobre a luz do que sob o calor, pois uma pequena centelha de luz começa lentamente a romper a escuridão do inverno nos levando lentamente a alegria primaveril.

  O significado desse festival pode ser tirado de seu próprio nome, literalmente. Oímealg ou Oimelc significa o período de lactação das cabras, ovelhas e vacas, o que para o povo antigo era um sinal abençoado de que o inverno estava findando e a primavera se aproximava. Já Imbolg ou Imbolc significa no ventre, o que faz uma correlação com a gestação da terra, uma avivamento do ano, os primeiros estímulos da primavera no útero da mãe terra. Portanto esse festival tem como objetivo comemorar o fim do inverno e o despertar da vida na primavera.

  Imbolc também é um festival dedicado a uma deusa, Brigid (Brigida, Brigit ou ainda Brighid) a deusa do fogo, da cura, da poesia, da fertilidade, das artes e das fontes sagradas que é homenageada como “a noiva do sol”. As lendas celtas descrevem-na como a Deusa em sua apresentação de Donzela tocando, com seu Bastão Mágico, a terra congelada pelo Cajado da Anciã, despertando-a para a vida e aumentando a luz do dia.

  Esse é um festival marcado pelas transformações energéticas e assim como a mãe terra temos de acompanhar essa mudança, então é um momento propicio para se fazer planos e projetos felizes para o futuro, promover uma verdadeira renovação espiritual e material na sua vida, porque esse é o intuito de Brigid: espalhar alegria e iluminar nossos caminhos!
Comemoração Solitária:

Decoração:
Como esse é um festival que estimula transformações, a manhã de Imbolg é ideal para que você realize uma faxina em casa (a tradicional faxina da primavera) se livre de tudo que você não usa ou não quer, lembrando sempre de doar aquilo quer for possível, limpe bem a casa para receber as bênçãos da deusa que se aproxima, ao término da faxina acenda um incenso de sândalo, cravo ou canela para purificar espiritualmente a casa para as bênçãos da deusa. Também é uma tradição fazer uma cruz de junco ou palha que é chamada de cruz de Brigit, essa cruz deve ser feita e colocada na entrada da sua casa ou na entrada da cozinha para que se dê as boas vindas as bênçãos da deusa. Não é muito fácil de fazer, mas também não é difícil.

Sabbath de Setembro: Ostara - O Equinócio de Primavera...


  O equinócio de primavera celebrado religiosamente pelos pagãos com o nome de Ostara, Equinócio Vernal, Festival das árvores, Alban Eilir e Rito de Eostre, é o rito de fertilidade que celebra o inicio da primavera, o despertar da mãe terra. Os dias e as noites passam a ser iguais – tempo de equilíbrio, a deusa fértil e jovem se apaixona pelo deus jovem e viril inundando a terra e as nossas vidas de fertilidade.

  Na "Roda do Ano" Ostara é o oposto de Mabon, marcando o despertar da Natureza, as Sementes a serem plantadas e sua futura germinação, é a plena renovação da vida, nossas esperanças e promessas que guardamos do Yule se realizam.

   É o Sabbath das realizações, renovações, regeneração e realização dos  sonhos. Ostara recebe esse nome de uma Deusa Saxã da Primavera Oster, mas é um sabbath dedicado a todas as divindades da fertilidade e da juventude. Em algumas tradições esse sabbath marca a volta de Perséfone do mundo subterrâneo e a Alegria de sua Mãe Deméter ao recebê-la, a Terra florescendo de Alegria por sua volta.

  Em 2012 Ostara será comemorado no dia 22 de setembro, data do inicio do equinócio da primavera (em alguns anos o equinócio pode acontecer dia 21 de setembro). Costuma-se comemorar esse sabbath ao amanhecer, muitos bruxos acendem fogueira e dançam ao redor dela dando boas vindas a primavera. Como nem sempre é funcional fazer uma fogueira se você não tem espaço livre e seguro para tal dê as boas vindas a primavera de outras maneiras! Se você está pensando em começar um pequeno jardim ou uma pequena horta mágica esse é o dia ideal para fazer o plantio, ao amanhecer plante seu jardim e se já tiver um em caso evoque as bênçãos da deusa da fertilidade sobre ele. É um dia também para que você busque compreender o que na sua vida não está em equilibrio, quais problemas você vem enfrentando e por que isso está acontecendo, faça uma meditação sobre esses assuntos e pense o que falta para que você atinja o equilibrio nesse momento.
Celebração do bruxo solitário:
Decoração: Decore sua casa e seu altar com flores frescas (de preferência colhidas no amanhecer do equinócio), dê preferência às flores coloridas deixando a casa mais alegre e festiva, no altar dê preferência as flores brancas assim como você também pode fazer a grinalda para usar no ritual. A grinalda da Ostara nada mais é do que uma coroa de flores como a demonstrada abaixo, você pode soltar sua imaginação para fazer uma coroa bonita e significativa. As flores mais usadas são aquelas de cores claras não esqueçam, porque está representando um aspecto muito juvenil e puro da deusa.

Sabbath de Junho: Yule - O Solstício de Inverno...



Yule, que segundo historiadores provém do escandinavo Iul e significa roda, marca a morte e o renascimento do Deus Sol;
marca também o fim do ano minguante e o começo do ano crescente (alegoricamente a derrota do Rei Azevinho, deus do ano
minguante, pelo Rei Carvalho, Deus do ano crescente.)  A deusa era morte-em-vida no solstício de verão, agora ela exibe seu
aspecto vida-em-morte, pois embora nesta estação ela seja a “senhora da brancura”, a rainha da escuridão fria, ainda assim
este é o momento de dar à luz a criança da promessa, o filho-amante que irá fertiliza-la e trazer luz e calor de volta ao
seu reino.

  O solstício de inverno, comemorado este ano no dia 20 de junho, é celebrado a milhares de anos por diversas culturas
(também é impossível não ver suas ligações com o natal cristão, porém convém esclarecer que o natal é apenas uma versão
cristã desse festival solar pagão que já era comemorado milhares de anos antes de cristo, e como nas escrituras bíblicas
não consta a data de nascimento de cristo a igreja resolveu em 273 fixar seu aniversário alinhado com o solstício de
inverno, pois assim o assemelharia aos demais deuses solares como Mitra, sendo que demais símbolos do natal como Papai
Noel, árvore de natal, azevinho e etc são também retirados de cultos pagãos do Yule).

  Em Yule é tempo de regenaração, renascimento, é o tempo ideal para reencontrarmos nossas esperanças e rejuvenescer nossos
corações, tornarmo-nos puros como crianças, como a criança que acaba de nascer trazendo luz ao mundo.

Comemoração em coven:
  Geralmente os covens decoram todo os espaço com azevinhos, pinheiros enfeitados (uma árvore de natal) porque todas essas
árvores de folhas perenes e sempre verdes simbolizam a continuação da vida não importa o que aconteça. Também são colocados
sinos, especialmente nas janelas para que toquem com o vento, pois os sinos são símbolos femininos de fertilidade
(representam um útero) e anunciam também a chegada dos elementais e dos deuses durante o ritual. Flores e frutas da época
ornamentam o altar enquanto um grande banquete de sidras, pão, vinho quente, bolos e sopas é preparado sobre uma grande
mesa decorada.

  Durante o ritual geralmente é encenado o mito da roda do ano ou a coroação dos Reis Azevinho e carvalho, todas as luzes
do aposento devem ser desligadas para simbolizar a escuridão do inverno e vão sendo acesas aos poucos durante o rito. O
ritual começa com a encenação escolhida pelo coven, sempre guiada pelo Grão-sacerdote e a Grã-sacerdotisa. O grupo pode
optar por realizar algum ritual mágico durante o rito, mas a maioria prefere apenas celebrar, sendo assim depois da
encenação sagrada todos agradecem aos deuses e dão o tradicional pulo sobre o caldeirão em chamas agradecendo sua renovação
e partem para o banquete em honra ao nascimento do deus. Também é comum trocar presentes na noite deste solsticio, onde os
membros do coven se presenteam para honrar o renascimento de si mesmos junto com o deus. No dia seguinte as cinzas do fogo
do caldeirão devem ser jogadas nos jardins ou plantações para favorecer as colheitas.

A Roda do Ano...


O Sol, fonte primária de energia na Terra, rege as estações do ano e consequentemente os ciclos de vida dos animais e das plantas. As datas que marcam a mudança das estações são chamadas de solstícios e equinócios. Elas ocorrem em datas diferentes no Hemisfério Norte e no Hemisfério Sul.
Os Sabbaths se originaram de antigos festivais agrícolas celebrados pelos povos pagãos. Cada trecho do mito da Roda do Ano se refere a um momento específico desses ciclos sazonais, e marcam os oito festivais sagrados da Wicca. Nessas celebrações relembramos e vivenciamos os processos de nascimento, plenitude, morte e renascimento do Deus, que se reflete na natureza.
Desses oito festivais, quatro são chamados de Sabbaths Maiores e quatro de Sabbaths Menores. Os Sabbaths Maiores são comemorados em datas fixas, no período intermediário entre uma estação e outra. Os Sabbaths Menores são comemorados na data da entrada das estações, que é ligeiramente diferente a cada ano. São eles:

Yule – O Solstício de Inverno (20-23 de Dezembro no HN / 20-23 de Junho no HS)
O termo “Yule” provavelmente derivou da antiga expressão indo-européia “Yehwla”, que significa “Solstício de Inverno”, data em que os antigos pagãos celebravam o ano novo. Esta é a noite mais longa do ano e marca o início do ano liturgico na Wicca. No mito, a Deusa está plena em seu aspecto de Grande Mãe e dá à luz ao Deus, que representa o próprio sol, trazendo a esperança da luz. Este é o ápice da escuridão, mas também é o seu declínio, pois a partir de então, as noites vão começando a se encurtar.

Imbolc – A Época do Plantio (01 de Fevereiro no HN / 01 de Agosto no HS)
O termo Imbolc provavelmente derivou da expressão gaélica “i mbolg” que significa “dentro da barriga”, uma referência ao período de gravidez das ovelhas, quando os irlandeses celebravam o festival do leite e seus derivados. É a metade do inverno. No mito, a Deusa está amamentando o Deus já nascido, e este vai ficando pouco a pouco mais forte. A Terra começa seu lento despertar do inverno, podendo ser arada e semeada. É o prenúncio a primavera.

Ostara – O Equinócio de Primavera (20-23 de Março no HN / 20-23 de Setembro no HS)
O termo “Ostara” provavelmente se originou do nome da Deusa “Eostre” - a deusa germânica do Sol nascente, que era celebrada com a chegada da primavera. Neste momento, dia e noite têm a mesma duração. No mito, o Deus já está mais crescido, e a Deusa também está mais jovem. Ambos estão cheios de alegria e vigor, e quando eles se encontram, apaixonam-se. A natureza desperta e floresce, promovendo a fertilidade da terra. A partir de então, os dias vão ficar cada vez mais longos.

Beltaine – O Casamento Sagrado (1º de Maio no HN / 31 de Outubro no HS)
O termo “Beltaine” provavelmente se originou da palavra gaélica “belo-te(p)nia”, que significa fogo brilhante”, em alusão a um antigo festival irlandês de fertilidade, quando fogueiras eram acesas sobre as colinas em honra ao Deus Bellennos. É a metade da primavera. No mito, o Deus está viril e a Deusa plena em fertilidade. Eles se unem em amor e celebram seu Casamento Sagrado, quando Ela é fecundada por Ele. Essa alegre união abençoa a fertilidade da natureza, garantindo as boas colheitas. É o prenúncio do verão.

Litha – O Solstício de Verão (20-23 de Junho no HN / 20-23 de Dezembro no HS)
O termo “Litha” é uma palavra de origem germânica que provavelmente significa “Solstício de Verão”, época em que os antigos pagãos celebravam o clima que estava mais gentil. Este é o dia mais longo do ano. No mito, a Deusa e o Deus são coroados rei e rainha do verão, e a natureza está em sua plenitude. Ela já está grávida e o espírito do Deus já está permeando os grãos em desenvolvimento. As plantas, que crescem viçosas, estão absorvendo a energia Dele e o enfraquecendo. Este é o ápice da luz, mas também o seu declínio, pois a partir de então, os dias vão começar a se encurtar.

Lughnasadh – O Início das Colheitas (01 de Agosto no HN / 01 de Fevereiro no HS)
O termo “Lugnasadh” é uma expressão gaélica que significa “A promessa de Lugh”, uma alusão ao juramento que o Deus Lugh fez à sua mãe Taltiu, a Deusa da agricultura, de que todos os anos ela seria lembrada durante o festival das colheitas. É a metade do verão. No mito, o Deus já está velho e cansado, pois já fecundou a Deusa e transmitiu sua força à vegetação. Pelo fato de sua presença não ser mais necessária, Ele se entrega à morte, se sacrificado para alimentar a humanidade, assim como o trigo é ceifado para se fazer pão. Esta data marca o início das colheitas, quando os primeiros grãos são guardados para garantir as sementes do futuro plantio. É o prenúncio do outono.

Mabon – O Equinócio de Outono (20-23 de Setembro no HN / 20-23 de Março no HS)
O termo “Mabon” é o nome de um deus agrícola irlandês que significa “O Divino Filho”. Ele era honrado durante um festival que marcava o fim do período das colheitas. Neste momento, mais uma vez dia e noite têm a mesma duração. No mito, a Deusa continua amadurecendo em sua gestação e em sabedoria, enquanto que o Deus é apenas uma presença sutil, percebido na colheita das últimas espigas. São rendidas oferendas em ação de graças pelas boas colheitas. O Deus, que já está no submundo, é coroado Senhor da Morte e do Inverno. A partir de então, as noites vão ficar cada vez mais longas.

Samhain – O Dia dos Mortos (31 de Outubro no HN / 1º de Maio no HS)
O termo “Samhain” provavelmente se originou da palavra gaélica “samain”, que significa “assembléia”, uma alusão ao festival que marcava o fim da estação de troca de mercadorias, quando muitas tribos se reuniam. Esta data é a metade do outono e também marca o fim do ano velho. No mito, a Deusa, que agora está velha e entristecida, desce ao submundo em busca do Deus. Por Ela ser a detentora dos mistérios, começa a rejuvenescer o espírito do Deus em seu caldeirão da transformação, preparando-o para o seu renascimento vindouro. Nessa noite homenageamos os mortos queridos e nossos antepassados, pois o véu que separa os mundos está mais tênue, possibilitando que seus espíritos venham nos visitar. Agora a terra está seca e estéril, esfriando cada vez mais. É o prenúncio do inverno.

E mais uma vez, no próximo Yule, o ciclo se completa, quando o Deus renasce do útero da Grande Mãe, garantindo a continuidade da vida e trazendo novamente esperança ao mundo.

Esbbahts - Os Festivais Wiccanos da Lua...



Cada período lunar corresponde a uma face/característica da Deusa, assim como cada período solar corresponde a uma face/característica do Deus. Sendo que em ambas as práticas os Deuses são celebrados em igualdade, apenas simbolicamente os Esbbaths correspondem a Deusa e os Sabbaths ao Deus.

O período Lunar começa logo após a Lua Negra, com a chegada da Lua Nova, a primeira representa o aspecto de transformaçao/morte da Deusa, onde ela é vista em sua Face de Ancia, já a segunda representa o aspecto de inovaçao/nascimento da Deusa, e ela aparece em sua face de Jovem donzela. Após a Lua Nova a Deusa começa a amadurecer, percorrendo o período da Lua Crescente como uma Donzela em busca de sua fertilidade e força, as quais ela conquista no plenilúnio da Lua cheia onde ela torna-se Mae. Depois ela começa a caminhar introspectiva pela Lua Minguante para torna-se a sábia Ancia que morre na Lua Negra, para retornar na Nova em um ciclo continuo de vida, morte e renascimento.

As influencias energéticas provocadas pelo Magnetismo Lunar, que podem ser percebidas nas marés e ressacas, na menstruaçao das femeas sao uma conseqüencia direta desse ciclo de transmutaçao que ocorre em cada fase da Lua, e os Bruxos e Bruxas, conscientes dessa influencia interna e externa, celebram há milenios tais mudanças, que hoje na Wicca são chamadas de Esbaths


LUA MINGUANTE - A MORTE

A lua minguante representa o período de envelhecimento e morte de todos os seres e coisas, é natural as mulheres menstruarem na lua minguante, pois seu óvulo não fecundado morre e é descartado nesse período. Na Lua Negra transformamos, na Nova criamos, na crescente colocamos em prática nossos objetivos, na cheia eles se fortalecem e na minguante eles são ‘arquivados’, morrem para que possamos na lua negra iniciar todo o ciclo de analise, criação, expansão, fortalecimento e término novamente.
Nesse momento a Deusa percorre os portais até o submundo, ela é a Senhora, a Anciã que em breve será Rainha das transformações. Esse é um período de grande transição, nervosismo, conflitos, dúvidas são características muitos presentes durante a lua minguante. Assim como a Deusa percorre os portais entre os mundos, nós estamos no fim de um ciclo, finalizando por completo projetos e tendo a necessidade de começar a buscar por novos. É também um período de descanso, já que na Lua Cheia muito da energia foi desprendida.

LUA CHEIA - A FORÇA

A lua Cheia representa o momento mais importante dentro dos esbbaths, a força e maturidade total de nossas capacidades mágickas. Na Lua Negra transformamos, na Nova criamos, na crescente colocamos em prática nossos objetivos e na cheia eles são fortalecidos para decaírem na minguante.
Nesse momento a Deusa vira a grande Senhora, Mãe de todos os seres, é um período de grande magnetismo, todas as energias aumentam suas vibrações, as percepções sensoriais se tornam mais latentes, é um momento especial para qualquer pagão.

LUA NEGRA - A TRANSFORMAÇÃO


A coisa mais importante sobre o Esbbath de Lua Negra é que apesar dele ser o primeiro do processo de amadurecimento – já que representa a transformação necessária aos primeiros passos – Ele também é o ultimo que um inexperiente deve celebrar, pois antes de enfrentar nossos medos, de encarar nossos desequilíbrios, nossos erros e transtornos psicológicos, precisamos conhecer cada um desses problemas profundamente, de forma séria e madura. Precisamos ver de onde eles vêm, o que os alimentam, porque eles se mantêm e porque aumentam.


A Lua Negra corresponde aos 3 últimos dias da Lua minguante. Ela é chamada dessa forma porque nesse momento não somos capazes de enxergar a Lua, ela não reflete o Sol, ela está em seu estado natural, sendo a Sombra. A noite torna-se escura e completamente sombria, negra. É necessário saber que esse não é um período negativo ou impróprio para magias, pelo contrario, é um momento maravilhoso para os trabalhos mágickos, somente é necessário possuir experiência para faze-los.

LUA NOVA - A CRIAÇÃO

Normalmente as pessoas encaram a Lua Nova como uma Lua parada, sem uma boa energia mágicka e isto é um erro, pois a lua continua andando, continua em movimento, gerando influência. Precisamos é compreender o tipo de influência que essa lua gera tanto energeticamente como simbolicamente em nossas celebrações.
O nome Lua Nova vem da influência energética provocada por ela, e da própria análise na imagem dela no céu. Normalmente as mulheres começam a liberar seus hormônios recém-criados nesse momento, e a Lua retorna ao céu messe período, como se ela tivesse morrido, passado por uma transformação e retornado, sendo criada novamente e colocada no céu.

LUA CRESCENTE - O AMADURECIMENTO

A lua crescente representa um momento muito importante dentro dos esbbaths, o amadurecimento das idéias, dos objetivos, e do próprio conhecimento. Na Lua Negra transformamos, na Nova criamos e na crescente colocamos em prática nossos objetivos.
Nesse momento a Deusa transita entre sua face jovem à sua face mãe e senhora, ela realmente está crescendo e amadurecendo, é um bom momento para despertar novas sensibilidades e para verificar o andamento de toda a sua vida.

O Que Será Essa Tal de Iniciação...



A iniciação é um ritual fortíssimo conhecido no oriente como Shrotapann ou Kripá-Guru que objetiva uma transmição de poderes ou dons que despertam o homem/ mulher do seu sono, de sua falta de consciência, de suas ilusões (maya, de amarras dos passado). Você provalvelmente já é iniciado no catolicismo, lá isso se chama de batismo. E Batista iniciou nas águas do rio Jordão milhares de buscadores. Em hebraico chama-se Kabol - Transmição.
No passado era difícil ser iniciado, era penoso, haviam testes e trovações, e isso poderia demorar vidas ou anos. Tinha-se que servir os mestres e haviam poucos que assumiam o discípulo em seus mosteiros para iniciarem.
Hoje o mundo não tem carência de mestres e sim de discípulos. Muitos são os achadores e poucos são os buscadores.
Poucos querem receber um Neo-Sannyas, uma iniciação pois isso é um grande salto em busca da liberdade, da renúncia do passado uma criação de um novo ser e o abandono da velha identidade. Iniciação é algo que toca teu coração. Não é como um livro ou texto que enche tua mente de palavras. É uma experiência pessoal individual, inesquecível e não mental.
Envie uma carta ou e-mail falando um pouco de você e os motivos ou o desejo de receber esse Kripá-Guru, a transmição das egrégoras. escreva quais tradições que mais aprecia: tantra, bruxaria, xamânismo, druidísmo, cristianismo místico, enfim o que toca teu coração pois com a iniciação recebe-se um nome místico que te colocará em contato com a egrégora escolhida e que também representa uma nova vida.
Para aqueles que não desejam dar esse mergulho e receberem a iniciação pessoal "Ao vivo" segue em anexo um Ritual de Auto-iniciação na Wicca - a religião da Deusa. Leia o texto em todas suas partes antes da prática.
Provavelmente, como já disse, você é da religião do Deus Pai -Católico- e a iniciação nessa escola de Wicca, te abre para outros universos principalmente com a energia da terra, das montanhas, do sol, lua, céu, etc.
Se você sagrado leitor e sagrada leitora confiam no trabalho prático de Otávio Leal e/ou Diana Prem Zeenat poderá estar dando um arremesso em sua consciência solicitando uma iniciação pessoal.

Antes de Iniciar...


  
Antes de entrar em qualquer religião é fundamental que nós estudemos um bom tempo todos os aspectos dessa religião e que tenhamos certeza de que é isso que queremos. A maior parte das pessoas muda de religião como quem muda de meia! E isso não deve ser assim, claro que todos tem seu livre arbítrio para permanecer ou sair de uma religião quando quiser, mas daí a considerar religiões por puro modismo é muito desrespeito.
  Eu sugiro que iniciantes na wicca estudem pelo menos um ano antes de se iniciar, nesse período vocês podem ler, esclarecer dúvidas, entender rituais e praticá-los, criar um guia de estudo, enfim conhecer todos os aspectos da religião e assim decidir se querem trilhar o caminho da deusa ou partir para uma nova busca espiritual que lhe complete.
  Acho que o grande objetivo do meu blog é esse: Ser um guia de estudo para iniciantes. É tanto que eu indico livros, sites, blogs e etc. Tudo que eu vejo que realmente leva a arte a sério. Então fica meu conselho: estudem para terem certeza do que vocês querem, isso não vale só pra religião, tudo que nós fazemos entregues de corpo e alma acaba dando sempre muito certo.
Blessed be!

As 13 metas Wiccanas...



 A grande meta de todas as religiões é elevar a alma a um estado mais harmonioso com a divindade. Na wicca além desta meta temos também metas a serem cumpridas, ou melhor, metas que servem como um guia para os praticantes se manterem no caminho certo em busca da harmonização com o universo.
Sendo assim a wicca possui 13 metas:
1. Conhecer a si mesmo.
2. Saber a sua arte.
3. Aprender e buscar conhecimento sempre.
4. Usar o que você aprendeu corretamente.
5. Manter o balanço (equilíbrio) de todas as coisas.
6. Manter suas palavras verdadeiras.
7. Manter seus pensamentos verdadeiros.
8. Celebrar a vida.
9. Alinhar você mesmo com os ciclos da Terra.
10. Manter seu corpo saudável e forte.
11. Exercitar seu corpo, sua mente e seu espírito.
12. Meditar, relaxar e se controlar.
13. Honrar a Deusa e o Deus em todos os momentos.

 Existe um poema muito bonito de autoria de Rae Beth que se encontra no final do livro A bruxa solitária, ele se chama Resoluções de uma bruxa e vale a pena ser lido:

Que eu seja como a que tece o pano na floresta, profundamente escondida.
Que eu possa fazer o meu trabalho sem interrupção.
Que eu seja uma exilada, se é este o sacrifício.
Que  eu  conheça  a procissão  sazonada do meu  espírito  e do meu  corpo,  e possa  celebrar os
quartos em cruz, solstícios e equinócios.
Que cada Lua Cheia me encontre a olhar para cima, nas árvores desenhadas no céu luminoso.
Que eu possa acariciar flores selvagens, cobri-las com as mãos.
Que eu possa libertá-las, sem apanhar nenhuma, para viver em abundância.
Que meus amigos sejam da espécie que ama o silêncio.
Que sejamos inocentes e despretensiosos.
Que eu seja capaz de gratidão.
Que eu saiba ter recebido a alegria, como o leite materno.  Que eu saiba isso como o meu cão, nos ossos e no sangue.
Que eu fale a verdade sobre a alegria e a dor, em canções que soem como o aroma do alecrim,
como todo o dia e na antigüidade, erva forte de cozinha.
Que eu não me incline à auto-integridade e à autopiedade.
Que eu possa me aproximar dos altos trabalhos da terra e dos círculos de pedra, como raposa
ou mariposa, e não perturbar o lugar mais que isso.
Que meu olhar seja direto e minha mão firme.
Que minha porta se abra àqueles que habitam fora da riqueza, da fama e do privilégio.
Que  os  que  jamais  andaram  descalços  não  encontrem  o  caminho  que  chega  à minha  porta.
Que se percam na jornada labiríntica.
Que eles voltem.
Que eu me sente ao lado do fogo no inverno e veja as achas brilhando para o que vier, e nunca
tenha necessidade de advertir ou aconselhar, sem que me peçam.  Que eu possa ter um simples banco de madeira, com verdadeiro regozijo.
Que o lugar onde habito seja como uma floresta.
Que haja caminhos e veredas para as cavernas e poços e árvores e flores, animais e pássaros,
todos conhecidos e por mim reverenciados com amor.
Que minha existência mude o mundo não mais nem menos do que o  soprar do vento, ou o orgulhoso crescer das árvores.
Por isso, eu jogo fora minha roupa.
Que eu possa conservar a fé, sempre.
Que jamais encontre desculpas para o oportunismo.
Que eu saiba que não tenho opção, e assim mesmo escolha como a cantiga é feita, em alegria
e com amor.
Que eu faça a mesma escolha todos os dias, e de novo.
Quando falhar, que eu me conceda perdão.
Que eu dance nua, sem medo de enfrentar meu próprio reflexo.

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