Sabbath de Março: Mabon - O Equinócio de Outono...

sexta-feira, 16 de novembro de 2012



Mabon, Equinócio de Outono, Encontro do Inverno, Winter Finding, Alban Elfed, Colheita do Vinho, Cornucópia, Festa de Avalon ou simplesmente Segunda Colheita é o segundo dos três Sabbats da colheita. É tempo de dar graças pelos frutos colhidos, e a Deusa é a Senhora da Abundância cuja colheita nos sustentará pelos meses escuros do Inverno, essa abundância e energia da terra refletirá sobre nós mesmos, sobre o equilíbrio da escuridão e da luz no universo se esforçando para manter o equilíbrio interno de todos os seres.
   A Deusa está agora fortemente impregnada pela energia do Sol, que a cada dia parte mais rápido para o País do Verão – os dias e as noites agoram estão em equilíbrio, são exatamente iguais. Conforme o poder dele diminui, a Deusa lamenta sua partida, mas Ela sabe que o poder do Deus retornará à Terra em Yule.  É um tempo de equilíbrio e balanço, mas as sombras começam a dominar a luz. Isso está associado com o interior do chifre, um dos símbolos desse Sabbat (a cornucópia), e a contemplação da colheita.
   Nesse Sabbat a Deusa lamenta o seu consorte que está partindo para Outro Mundo, mas a mensagem de renascimento pode ser encontrada em cada semente colhida, que é o próprio Deus que se sacrifica para alimentar seu povo. É um tempo positivo para caminhar nas florestas, colher plantas e ervas mágicas para serem usadas no Altar. Pão de milho e cidra são são essenciais para os banquetes rituais  e folhas de outono são ótima decoração para o Altar. (No Hemisfério Norte costuma-se usar as tradicionais folhas de plátano).
   Os Druidas honravam o salgueiro nesse Sabbat, a árvore associada à Deusa e à morte, e cortavam seus bastões do salgueiro somente após Mabon (Tradição ainda respeitada em muitas tradições wiccanas e também no druidismo). As plantas, árvores, flores e ervas que estão associadas com mabon são a aveleira, o milho, o álamo, bolotas, galhos de carvalho, folhas de outono, ramos de trigo, cones de cipreste, cones de pinheiro.  Muitas tradições também costumam encenar durante o ritual o mito da descida da deusa Perséfone ao submundo  representando as forças da escuridão e da luz igualadas.
    Poucos sabem mais a origem do nome Mabon é o nome de um deus celta que simboliza os princípios masculinos da fertilidade. É o nome galês do Deus da mocidade, a Divina Criança, que os Druidas acreditavam estar dentro de todos nós. Ele é uma criança do Outro Mundo, nascida de pais terrestres, que desapareceu em sua terceira noite de vida. Mabon ap Modron significa “Filho da Grande Mãe” – sua mãe se chamava Modron e era a grande deusa mãe dos gauleses. No Equinócio de Outono, marca-se o tempo de sua mudança. Nesse momento Mabon desaparece, com apenas três noites de nascimento. Ele vai morar novamente no mundo mágico de Modron, o seu ventre. Esse é um lugar nutridor e encantado, mas ao mesmo tempo de desafios. É um lugar de poder e renovação para que Mabon possa nascer através de sua mãe como campeão, o filho da Luz. Esse Sabbat simboliza a luz de Mabon entrando na Terra (ventre da Deusa), recarregando-se para tornar-se uma nova semente. Seu desaparecimento é um mistério, mas Mabon é eventualmente resgatado, no Solstício de Inverno, graças ao conhecimento de alguns animais: o pássaro negro, o veado, a coruja, o bisão e o salmão.
   Esse mito assim como o de Perséfone traz a essencial mística e espiritual do sabbat:  o rejuvenescimento para uma colheita farta, agradecendo aos Deuses pelas dádivas concedidas durante o ano e o conhecimento da necessidade do balanceamento entre a luz e as sombras.
     Esse Sabbat é simbolizado pelo espiral duplo, um vai e outro que retorna, para nos lembrar que começamos a jornada pelo ponto mais escuro do ano e que a morte sempre é seguida pelo renascimento, da mesma maneira que o Inverno sempre é seguido pelo Verão. A Deusa está grávida do Deus que nascerá em Yule, a noite mais longa. Ela se prepara para dizer adeus ao Deus velho, mas sabe que a semente do Deus novo já está dentro dela, em seu ventre.
Comemoração em coven: O Mabon é sem dúvida um dos sabbats mais demorados. Geralmente decoram o espaço do ritual com cornucópias cheias de alimentos representando a fartura da colheita, com bonecas de maçã representando os deuses entre outros símbolos. Geralmente o ritual começa com uma encenação do mito de Perséfone ou do de Mabon (mais comum em covens de tradição celta), depois todos fazem oferendas aos deuses e dançam ao redor delas para demonstrar a alegria pelo que nos foi dado, segue-se um ritual de acordo com o coven ( mabon é comumente utilizado também para se fazer iniciações no coven ou consagrações dependendo da tradição), geralmente o rito se encerra com um grande banquete onde um Cálice repleto de vinho é abençoado e passado a cada integrante. Conforme o Cálice passa, as pessoas vão fazendo seus agradecimentos. Quando tiverem agradecido por todas as bênçãos, eles bebem e passam o Cálice adiante. Isso continua até a Taça esvaziar, bebendo em amor, bênçãos e gratidão a tudo.

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